Rusticidade, fertilidade, precocidade, habilidade materna, desempenho, muita raça e carne de alta qualidade.
Há um respeito enorme em todo o Brasil em relação aos baianos, um povo tão naturalmente identificado com a diversidade do País e seus sincretismos. Logo, quando lhes dão a palavra, sempre há muita coisa para se ouvir. E mais uma vez eles têm, agora na arte de mostrar seu Nelore.
A Linhagem Baiana é trabalhada por um grupo de criadores que apostaram no modelo Ongole. Hoje são moeda da vez na seleção que valoriza o produto final da pecuária de corte bovina: a carne. Trata-se de uma herança importante na raça, em termos de refrescamento de sangue com positividade.
A ultrassonografia de carcaças mostra índices acima da média do rebanho nacional do Nelore em AOL, EGS e Marmoreio; portanto na qualidade da carne. São bovinos de descendência centenária, cujos melhores, hoje já despontam em sumários de DEPs. Vale lembrar há pouco tempo foram submetidos a esta avaliação.
Esses criatórios, estimulados pela atual demanda, investem em multiplicação. São provenientes de grifes que se misturam com a história do Nelore brasileiro. Um gado “predestinado” é o Nelore com precocidade, desempenho, suculência da carne, tipo, natural e dócil, além de excelente padrão racial.
A Linhagem vem de trabalhos como o do Joãozito Andrade (Faz. Trindade), Miguel Vita (Faz. Soraia) e do Nelore OM, hoje tocado por Paulo Machado. E da utilização dos serviços de grandes raçadores, como Akasamu, Padhu e Suvarna.
Luiz Sande, um dos integrantes do grupo e atual presidente da ABCN é enfático ao afirmar que a coletividade de neloristas quer animais bons de DEPs, mas equilibrados em todas as suas características. “Todos que trabalhamos com o Nelore devemos nos unir e nos colocar em prol da raça, principalmente como principal produtora de carne no País”, conclui.